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Os desafios do Supervisor de Ensino

Trabalho entregue no Curso de Pedagogia - Unip Interativa




A supervisão de ensino tem uma ação funcional na qual trabalha com as mais diversas esferas, indo ao encontro de normatividades administrativas e pedagógicas. O papel do supervisor de ensino é de suma importância, pois, é quem que tem a responsabilidade de mobilizar o corpo docente, intervindo dialogicamente nas situações problemas que se apresentam.
No caso em questão após apresentação do problema, que consiste na afirmação de que os alunos não apresentam condições de avançar por conta do capital cultural é imprescindível que haja um acompanhamento por parte da supervisão em nível pedagógico.
Realizar o acompanhamento pedagógico é um imperativo para não se cometa erros como os desmembrados em pesquisas do campo da psicologia que creditavam o fracasso escolar a privação cultural, ou raça, genética, e ao meio pobre, desprovido de capital financeiro.
É fato que no contexto educacional ainda existem algumas concepções estratificadas que revigoram e arraigam ainda mais uma distinção de classes, no problema formulado isso fica evidente pelo fato de que o aluno não irá avançar por que não recebeu estímulos necessários, o que não deixa ser um agravante, porém não é via de regra ou exceção.
É justamente nesse ponto que o supervisor precisa atuar ele deve ser um mobilizador de recursos diferenciados para que seja possível que os alunos se desenvolvam nas máximas de suas potencialidades.
Esse é um desafio que é posto diariamente nas escolas, o aluno não precisa apenas aprender, ele necessita de uma aprendizagem com qualidade, algo que lhe seja significativo, com uma funcionalidade tendo em vista uma função social, o insucesso não deve ser marcado apenas pela falta de recursos materiais.
Antes de iniciar qualquer tipo de intervenção o orientador em nível pedagógico deve preconizar uma mediação entre escola e a realidade do aluno, conhecendo-a, para que seja possível planejar suas ações futuras.
Tendo a consciência de que o orientador deve zelar pelo cumprimento da função social da escola, formando um individuo capaz de ser um cidadão critico e reflexivo é indispensável um planejamento que contemple um diagnóstico da realidade dos alunos, os avanços limite e possibilidades em nível de aprendizagem, definindo assim metas a serem alcançadas.
É cogente que o papel e a função da orientação é a mobilidade, tanto em nível estrutural quanto pedagógico, no âmbito pedagógico é bom situar que a formação dos professores é uma das vertentes que devem ser ponderadas, já que o ensino aprendizagem é uma via de mão dupla que envolve professor- aluno, sendo que é educador que irá conduzir sua turma.
Essa formação irá chegar às salas de aula, as linhas teóricas ou metodologias podem influenciar na aplicação de conteúdos e consequentemente no desempenho dos alunos. 
Uma prática que proporcione aprendizado deve ser dinâmica, constante e é ai que a formação faz diferença como destaca Nérici, “A supervisão escolar visa à melhoria do processo ensino-aprendizagem, para o que tem de levar em conta toda a estrutura teórica, material e humana da escola” (1978, p. 26).
Contemplado a aprendizagem como um corpo dinâmico os primeiros passos são dados, e o orientador começa a atuar como mediador, assim ele planeja situações didáticas juntamente com o educador, levanta hipóteses sobre a realidade, auxilia na seleção de conteúdos, organizando procedimentos de ensino, métodos de avaliação.
Garantir efetivamente o direito a educação é um dos maiores desafios que surgem frente à orientação educacional, é fato que a educação é considerada um direito público subjetivo, e oferecer apenas acesso a ela é o mesmo que minimizar sua importância. Esse direito tem em seu âmago a necessidade de atrelar qualidade e equidade, esses são os pontos chaves para que o trabalho da orientação seja delineado.
Para que se garanta qualidade e equidade, tendo como base o direito de aprender o é necessário uma visão sistêmica de educação, onde todos sejam coparticipes, e trabalhem em um regime de colaboração.
 De acordo com Brigs e Justman [19--?] apud Nérici (1978, p. 42-43) o orientador deve:

Ajudar os professores a melhor compreenderem os objetivos reais da educação e o papel especial da escola na consecução dos mesmos. Auxiliar os professores a melhor compreenderem os problemas e necessidades dos jovens educandos e atender, na medida do possível, a tais necessidades; exercer liderança de sentido democrático, sob as formas de promoção do aperfeiçoamento profissional da escola e de suas atividades, buscando relações de cooperação de seu pessoal e estimulando o desenvolvimento dos professores em exercício, colocando sempre a escola mais próxima da comunidade; estabelecer fortes laços morais entre os professores quanto ao seu trabalho, de tal forma que operem em estreita e esclarecida cooperação, para que os mesmos fins gerais sejam atingidos; ajudar os professores a adquirir maior competência didática. Orientar os professores principiantes a se adaptarem à sua profissão; avaliar os resultados dos esforços de cada professor, em termos do desenvolvimento dos alunos, segundo os objetivos estabelecidos; ajudar os professores a diagnosticar as dificuldades dos alunos na aprendizagem e a elaborar planos de ensino para superação das mesmas.


    Tendo como valia os apontamentos dos autores citados fica evidente que o orientador irá atuar em nível pedagógico, tendo que auxiliar o professor a redimensionar sua prática se preciso for, o foco é o aluno, seu desenvolvimento e suas aptidões, só o planejamento não é garantia de melhoras, é preciso aplicar, acompanhar o que vem sendo trabalhado. 
   O trabalho com a orientação se inclina para formação humanizante, Saviani (2004) situa que a função da educação é formar o individuo para socialização, subjetivação e humanização.
    O campo de trabalho deve ser objetivo informações sobre a família, contexto social dão a o tônica dos rumos a serem seguidos, é conhecendo o aluno que as carências se revelam e a função da escola é direcionar ações que seja capazes de responder as demandas sociais.
   Para auxiliar na prática educativa tendo como aporte o desenvolvimento do discente é bom estruturas uma rotina que promova organização eficiente, onde em relação ao discente, onde se tenha acompanhamento sequencial, reforço em contra turno, utilização de recursos didáticos, jogos pedagógicos, usa de novas tecnologias, o aprendizado precisa ser atrativo tendo significância e relevância.
    Além disso, junto com o professor como medidas para modificar o quadro de não aprendizagem é possível esquematizar rotinas de estudos, montar estruturas de avaliação, usar meios didáticos como júris simulados, textos de diferente gêneros, trabalhos grupais pesquisas, aulas acompanhadas com meios informatizados, jogos.
    É preciso ter a ciência de que na sociedade atual modificações surgiram, e na maioria das vezes a escola não consegue acompanhar tais transformações, ainda temos resquícios de heranças pedagógicas anteriores, que se fazem notórias e ainda presentes.
    Para que o aluno avance somente a escola como uma ilha isolada não conseguirá resultados, positivos é cogente trabalhar em parceria família-escola e comunidade, dar suporte as famílias também é algo preciso, indicar como anda a vida escolar dos filhos, ajudar com encaminhamentos, ouvir os pais é um meio de criar um elo de confiança, deixando claro os deveres e os direitos previstos na educação.
    Mas antes de partir propriamente dito para uma formação eficaz, onde o aluno aprenda é preciso sopesar a formação de cidadãos comprometidos, que atuam em conjunto com a sociedade, pesquisadores, leitores e para formar tais sujeitos competente é preciso sê-lo. 
    Com uma formação voltada para critica- reflexão nas palavras de Santos (2014, p.9) é permeável analises teóricas, desdobramentos, troca de experiência, é na “dialética do processo aos poucos raia a valorização do saber, que subsequentemente traz a valorização do profissional, planos de carreira”. [...] “Para ir fundo na questão da formação dentro e fora da escola é precípuo que se deixe o desejo e a sedução de moldar seres homogêneos, superando os dilemas dentro de uma gestão que seja de todo democrática”.
    Para que tenhamos uma escola onde se formam seres reais, que terão de enfrentar situações reais, que façam parte do contexto social em geral, e para trazer a tona essa realidade o orientador precisar criar situações com o professor para que o aluno manipule, atue sobre os objetos de conhecimento, criar rotinas de estudos, tabelas, levantar hipóteses, verificar quais são os conhecimentos prévios, tabular listas de interesses, dialogar é o caminho do sucesso.  
    Tendo a convicção de que todas as atividades precisam ser direcionadas, o coordenador é quem irá auxiliar o trabalho do professor, considerando as atividades a serem feitas, o nível de apatia, as pratica sociais envolvidas, motivando e dando suporte as necessidades que forem aparecendo.  

REFERÊNCIAS

NÉRICI, I. G. Introdução à Supervisão Escolar. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1978.

SANTOS, K. S. O papel do coordenador pedagógico frente às novas demandas: a formação continuada em foco. In: JORNADA PEDAGÓGICA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CURSO DE PEDAGOGIA EM DEBATE. 13, 2014. Marília: Anais eletrônicos, Marília: UNESP, 2014.


SAVIANI, Demerval. Pedagogia histórico- crítica: primeiras aproximações. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

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